Redução x Otimização dos Custos Operacionais

Custos são a chave da Eficiência Operacional

A indústria caracteriza-se como o setor da transformação, dado que o resultado de sua operação é um produto diferente dos insumos utilizados no início de seus processos. Em outras palavras, obtemos um resultado transformado pela combinação, fracionamento, amplificação, reação, ou diversos outros termos técnicos que signifiquem a existência de tal transformação ao final de processos definidos.

A indústria moveleira dentro deste modelo, transforma a madeira ou demais estruturas sólidas eventualmente substitutivas, em objetos espaciais dotados de características ergonômicas que à grosso modo, auxiliem o homem em sua adaptação ao ambiente, os móveis.

A transformação utiliza tarefas e operações que consomem energia e exigem condições operacionais específicas. Isto tem seu custo financeiro, que precisa ser restituído ao final do processo de fabricação e ainda gerar um excedente, o lucro.

Neste momento podemos derivar o objetivo do presente artigo em duas vertentes aparentemente sinônimas, mas com visões teóricas totalmente divergentes:

  • Redução de Custos
  • Otimização de Custos

Tradicionalmente falamos em redução de custos e a bibliografia dedicada ao assunto é extensa. Contadores possuem modelos gerenciais robustos para a apuração dos resultados por centros de custo, engenheiros possuem planilhas de custos operacionais, o RH possui a folha de pagamento e o empresário possui o lucro ou o revés.

Para falar sobre otimização de custos, preciso ser mais específico a fim de que consigam entender a diferença de conceito, pois ela é fluida se não observada sob o ângulo correto. Imaginemos o empresário que preocupa-se com os aspectos mais tangíveis, por exemplo o valor da folha de pagamento. Quando ele decide por enxugá-la, está atuando claramente na redução de custos.

Observando os aspectos intangíveis, quando o empresário troca um colaborador por outro mais produtivo dentro de uma mesma função, ele não está reduzindo custos (se imaginarmos que o salário se mantém), está aumentando sua eficiência operacional, na verdade otimizando seu custo de operação.

Então retomamos o conceito de que a transformação exige insumos, energia e condições operacionais específicas. Otimizar os custos implica em por exemplo, utilizar os insumos da maneira mais eficiente possível e não diminuir sua presença no produto final.

Novamente de uma maneira mais específica, o retrabalho consome insumos e energia sem transferi-los ao produto final objetivado. Dentro desta visão, quando criamos uma política de combate ao retrabalho não estamos reduzindo custos, estamos sim otimizando os mesmos.

Quando reduzimos a camada de um acabamento do móvel, por exemplo, estamos reduzindo custos e não otimizando. Pior ainda porque trabalhamos no sentido da redução da qualidade do produto, o que é grave em termos de posicionamento competitivo.

Observar o processo exige olhos clínicos. Os conceitos se confundem e o empresário precisa ter o cuidado de sempre buscar a otimização e não a redução, isto que torna a empresa realmente competitiva. A redução de custos é um caminho em teoria perigoso na medida em que possa trazer consigo o conceito de fragilizar. A otimização por outro lado traz o conceito de fortificar.

Precisamos observar isto com o viés do mercado, a questão da sobrevivência organizacional. A imagem utilizada neste artigo mostra o custo mínimo como verde e não como vermelho. portanto a empresa precisa encontrar mecanismos que a fortifiquem e não que a fragilizem.

Esta é a maneira correta de se encarar a questão dos custos. Seria como aplicar o “darwinismo” na organização, mudanças conceituais que se traduzam em aumento da capacidade de sobrevivência corporativa. Só que não podemos esperar que as mesmas apareçam naturalmente por mutações. Cabe ao empresário imaginar quais seriam as mutações fortificadoras e implementá-las. É uma questão de estratégia empresarial.

No cenário moderno observamos a questão da mão-de-obra encarecendo o produto. Não que os colaboradores estejam sendo remunerados de maneira errônea. A questão se passa pelo comparativo entre empresas que estão otimizando contra empresas que estão reduzindo custos.

Observo a criação de um abismo entre elas e o desfecho não poderá ser bom para ambas. É preciso observar essa sutil diferença que comanda um jogo de apostas perigosas. Neste sentido o que proponho é a tolerância zero ao desperdício. Não é de maneira simplista o desperdício de material, é mais abrangente: Guerra ao desperdício de energia e tudo aquilo que interfira nas condições operacionais da transformação.

Otimizar os custos significa eliminar ou atenuar toda e qualquer ação que interfira na máxima performance das operações. Certa vez escutei uma frase de que “fazer bem feito ou mal feito leva o mesmo tempo”. Minha proposta é um desafio mais consistente, fazer bem feito num tempo menor…

Novamente insisto na questão de que as regras do jogo estão mudando, você vai ter em breve um carro elétrico. Espero que tenha também uma indústria alinhada ao conceito 4.0 onde informações serão tratadas de maneira tão vital quanto insumos. O conceito mudou, mude você também, simplesmente porque ainda é possível mudar… “Otimizar é preciso, reduzir não é preciso… É necessário.” Entendeu a diferença? Faça…Antes de ser obrigado a fazer!

Via de regra, quem precisa reduzir custos como solução emergencial para sobreviver, costuma ser aquele mesmo que não cuidou de sua otimização no decorrer de um período ao menos mediano…

1 Comentário
  1. Excelência em consultoria , inteligente , moderno e excelente custo benefício , recomendo

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